domingo, 13 de junho de 2010

A boa vontade pode ser suficiente para salvar vidas. Mas, nem todos têm alma para perceber isto.




Só para constar: a Dra. Clara Takaki já passou por Teresina, onde ajudou a implantar a multimistura, com a Amariles Borba, a Pastoral da Criança (Dra Zilda Arns também esteve), e outras pessoas solidárias, na região da Santa Maria da Codipi, depois expandida para o Porto Alegre: deu perspectiva de vida à crianças des e sub-nutridas,gestantes de risco,hipertensos e diabéticos. É realmente lamentável que isto aconteça:

A cena foi comovente.
O vice-presidente José Alencar preparava-se para plantar uma árvore em Brasília quando foi abordado por uma nissei de 65 anos e 1,60 m de altura.
Era manhã da quinta-feira, 6.
A mulher começou a mostrar fotografias de crianças esqueléticas, brasileiros com silhueta de etíopes, mas que tinham sido recuperadas com uma farinha barata e acessível, batizada de"multimistura".
Alencar marejou os olhos.
Pobre na infância no interior de Minas, o vice não conseguiu soltar uma palavra sequer.
Apenas deu um longo e apertado abraço naquela mulher, a pediatra Clara Takaki Brandão. Foi ela quem criou a multimistura, composto de farelos de arroz e trigo, folha de mandioca e sementes de abóbora e gergelim.
Foi esta fórmula que, nas últimas três décadas, revolucionou o trabalho da Pastoral da Criança, reduzindo as taxas de mortalidade infantil no País e ajudando o Brasil a cumprir as Metas do Milênio.
E o que a pediatra foi pedir ao vice-presidente?
Que não deixasse o governo tirar a multimistura da merenda das crianças.
Mais do que isso, ela pediu que o composto fosse adotado oficialmente pelo governo.


Clara já tinha feito o mesmo pedido ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão - mas ele optou pelos compostos das multinacionais, bem mais caros.
"O Temporão disse que não é obrigado a adotar a multimistura", lamenta Clara.
Há duas semanas a energia elétrica da sala de Clara dentro do prédio do Ministério da Saúde foi cortada. Hoje, ela trabalha no escuro.
"Já me avisaram que agora eu estou clandestina dentro do governo", ironiza a pediatra.
Mas ela nem sempre viveu na escuridão.
Prova disso é que, na semana passada, o governo comemorou a redução de 13% nos óbitos de crianças entre os anos de 1999 e 2004 - período em que a multimistura tinha se propagado para todo o País.
Desde 1973, quando chegou à fórmula do composto, Clara já levou sua multimistura para quase todos os municípios brasileiros, com a ajuda da Pastoral da Criança, reduto do PT.
Os compostos da multimistura têm até 20 vezes mais ferro e vitaminas C e B1 em relação à comida que se distribui nas merendas escolares de municípios que optaram por comprar produtos industrializados.


Sem contar a economia:
"Fica até 121% mais caro dar o lanche de marca", compara Clara.
Quando ela começou a distribuir a multimistura em Santarém, no Pará, 70% das crianças estavam subnutridas e os agricultores da região usavam o farelo de arroz como adubo para as plantas e como comida para engordar porco.
Em 1984, o Unicef constatou aumento de 220% no padrão de crescimento dos subnutridos.
Dessa época, Clara guarda o diário de Joice, uma garotinha de dois anos e três meses que não sorria, não andava, não falava.
Com a multimistura, um mês depois Joice começou a sorrir e a bater palmas.


Hoje, a multimistura é adotada por 15 países.
No Brasil só se transformou em política pública em Tocantins.
Clara acredita que enfrenta adversários poderosos. (alguém tem alguma dúvida?)


Segundo ela, no governo, a multimistura começou a ser excluída da merenda escolar para abrir espaço para o Mucilon, da Nestlé, e a farinha láctea, cujo mercado é dividido entre a Nestlé e a Procter & Gamble
"É uma política genocida substituir a multimistura pela comida industrializada", ataca a pediatra.


A antiga Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança, a saudosa Zilda Arns, reconheceu que a multimistura foi importante para diminuir os índices de desnutrição infantil.
"A multimistura ajudou muito", diz.
"Mas só ela não é capaz de dizimar a anemia; também se deve dar importância ao aleitamento materno."
"ISTO É" procurou as autoridades do Ministério da Saúde ao longo de toda a semana, mas nenhuma delas quis se pronunciar.
"O multimistura é um programa que não existe mais", limitou-se a informar a assessoria de imprensa.

Não vamos ficar calados.
Mais informações e depoimentos no www.multimistura.org.br

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Leia de cima pra baixo. Depois, de baixo pra cima.

ANTES DA POSSE

O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar nossos ideais
Mostraremos que é grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo de nossa ação.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas...
Não permitiremos de nenhum modo que
nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
os recursos econômicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.

DEPOIS DA POSSE


Qualquer semelhança com fatos e pessoas reais NÃO é mera coincidência!

domingo, 16 de maio de 2010



"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo mundo é composto de MUDANÇA." Luiz de Camões

A gente não quer só comida.

Então.
Alguém escreveu nos comentários que, na política, a gente não consegue ser imparcial: sempre tende a um lado ou ao outro. Mas, me pergunto: o normal não é isso mesmo? Ou a gente gosta do rumo para onde as coisas vão indo ou a gente acha que tá tudo ruim demais, e debate, e critica e, finalmente – quando chega a oportunidade – vota.

Se não, vejamos: temos um presidente muito simpático, que tem uma história de vida bem particular e bonita. Tem bom trânsito internacional, poderia ser nosso tio, pai, avô. Mas, nesta parte, confesso que acho que ele pisou na bola: exagerou no paternalismo. Criou uma nação de preguiçosos. Experimente procurar uma babá. Você vai encontrar um problema sério, sabia? Pra que elas vão trabalhar, se estão felizes recebendo seus seguro-desemprego por 5, 7 meses, seguidos? Outra coisa: se estas pessoas têm filhos na escola, existe o bolsa-família, o auxílio-gás e sabe-se lá mais quantos auxílios que, sim, são bons, mas que, se vêm sem uma mudança estrutural mais profunda – com educação, inclusive – propicia o nascimento de uma geração estagnada, numa zona de conforto que, depois, fica muito difícil de tirar.

Não é muito melhor que se trabalhe pelo próprio sustento? E quanto isto custa para os cofres públicos? E quantas mulheres, hoje, não aumentam suas proles, pensando em aumentar suas ‘renda-governo’? Um país pode mesmo se desenvolver com taaaanta gente cruzando os braços?

Que fique claro: não sou contra os auxílios. Até os considero importantes. O que não pode é, depois de tanto criticarmos os políticos e afins que ‘mamam’ nas tetas do governo, acabarmos por fazer a mesma coisa.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

dúvida

Notei que muitos ficaram agitados com o último post, em que se falava sobre política.
E então, hora de discutir os rumos do nosso Estado?
Eu vou adorar fazer isso!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Dilema!

Não me arrisco a dizer de quem é a autoria deste texto. Hoje em dia tá complicado fazer isso, né? Mas, então...a toda hora a gente muda de 'denominação'. Algumas vezes, quando a gente vê o que acontece por aí, chega até a pensar que é meio assim...feito de bobo!


Nesta altura da vida já não sei mais quem sou... Vejam só que dilema!!!
Na ficha da loja sou CLIENTE, no restaurante FREGUÊS,quando alugo uma casa INQUILINO, na condução PASSAGEIRO, nos correios REMETENTE, no supermercado CONSUMIDOR.
Para a Receita Federal CONTRIBUINTE, se vendo algo importado CONTRABANDISTA. Se revendo algo, sou MUAMBEIRO, se o carnê tá com o prazo vencidoINADIMPLENTE, se não pago imposto SONEGADOR. Para votar ELEITOR, mas em comícios, MASSA , em viagens, TURISTA , na rua caminhando, PEDESTRE, se sou atropelado, ACIDENTADO, no hospital, PACIENTE. Nos jornais viro VÍTIMA, se compro um livro, LEITOR, se ouço rádio, OUVINTE.
Para o Ibope sou ESPECTADOR, para apresentador de televisão TELESPECTADOR, no campo de futebol, TORCEDOR.
Se sou Fortaleza, TRICOLOR. Se sou Ceará,MUNDIÇA. Agora, já virei GALERA. (se trabalho na ANATEL , sou COLABORADOR ) e, quando morrer... uns dirão.... FINADO, outros ..... DEFUNTO, para outros ....EXTINTO, para o povão ... PRESUNTO. Em certos círculos espiritualistas serei ...DESENCARNADO,evangélicos dirão que fui ...ARREBATADO.
E o pior de tudo é que para todo governante sou apenas um IMBECIL !!! E pensar que um dia já fui mais EU.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

ousar é necessidade!

"Antes do compromisso há hesitação,
a oportunidade de recuar,
a ineficácia permanente.

Em todo ato de iniciativa
(e de criação),
há uma verdade elementar
cujo desconhecimento destrói
inúmeras idéias e planos esplêndidos:
no momento em que nos comprometemos de fato,
a providência age também.

Ocorre toda espécie de coisas para nos ajudar,
coisas que de outro modo nunca ocorreriam.

Toda uma cadeia de eventos surge da decisão,
fazendo vir em nosso favor todo tipo de encontros,
de incidentes e de apoio material imprevistos
que ninguém poderia sonhar que viria em seu caminho.

Comece tudo o que pode fazer,
ou que sonha que pode fazer.

Há gênio, poder e mágica na ousadia."

(Johann Goethe)