“Eu sempre quis falar e nunca tive chance e tudo o que eu queria estava fora do meu alcance...”


Músicas são feitas para expressar a alma; na realidade, a arte expressa a alma. Num mundo de tantas coisas materiais, em que nos reconhecemos pelo que temos, a liberdade de se expressar tem um valor enorme, quase nunca percebido. Que rumo as coisas têm? Quem nos ouve? Quem se preocupa conosco? Todos os dias é bom pensar nisto, quem é por nós, quem está aqui para nos proteger? “Será que vamos ter de responder pelo erro de amar?”


Ter rumo significa ter perguntas, olhar para as coisas e questioná-las a partir do que sentimos, não nos proibirmos o sentimento, o questionamento, a busca de uma alma que nos alimente. É procurar preencher o vazio de que somos preenchidos quando não temos oportunidade de olhar para nós mesmos e decidir, porque tudo está tão fácil e, ao mesmo tempo, tão difícil.


Ter rumo significa ter esperança de que as verdades possam ser ditas, que possamos ser ouvidos, ou simplesmente, que possamos ser... Verdade, sentimento, honra, camaradagem, solidariedade, estes valores significam ter rumo?


Vamos pensar juntos; quero que digamos o que há no coração, daqueles pensamentos que não se escondem em nossas consciências, mas que, ao mesmo tempo, são difíceis de serem ditos porque achamos que vão dizer que estamos loucos. Será que até os loucos têm rumo?